sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sonho

Acabei de acordar de um sonho.

Sonhei que estava na calçada, ao lado de vários outros pais, do lado de fora de uma escola esperando pela saída das crianças. Aos poucos, apareceram as primeiras e se juntaram ao pai ou mãe que estava lá fora. Depois, vieram algumas crianças em vários grupos. Os grupos iam se dividindo conforme as crianças iam encontrando os respectivos pais. Depois, vieram os retardatários que se juntaram aos poucos pais que ainda estavam na calçada. E, por fim, estávamos lá eu e o porteiro.

O porteiro se dirigiu a mim e disse:

- Vou lhe falar mais uma vez. Todos os que saíram foram deixados aqui pela manhã. O senhor nunca deixou criança alguma aqui. Como pode esperá-la na saída?

Eu tinha a certeza que minha filha sairia. Estaria usando uma saia colegial, uma camisa branca de botão e um rabo de cavalo. Mas, o que o porteiro disse fazia sentido. Não me recordava de tê-la deixado no colégio. Também não me recordava de ter tomado café da manhã com ela. Tentei me lembrar dela mais nova, mas não me lembrava de nada. Cheguei à conclusão que nunca tinha tido uma filha. Nem sei por que eu a esperava na saída daquela escola.

Pedi desculpa ao porteiro. Dei meia volta e fui para casa.

No dia seguinte, passei de carro pela mesma escola no mesmo horário. Era caminho para casa. Olhei para os pais na calçada. Lembrei-me do dia anterior e da situação que tinha passado. Continuaria sem parar naquela escola novamente. Mas, ao olhar para os pais que esperavam pelos seus filhos encontrei alguém que olhava ansiosamente para o portão. Era a Luciana.